terça-feira, janeiro 03, 2006
As Primeiras Más Ondas Do Ano...

Depois de ter entrado tão bem no novo ano, lá tive que ler chatices do “mundo pequeno do Stand-Up”. É no blog do Nuno Markl, é no do Hugo Sousa, João Seabra e até mesmo uma crítica bomba no do próprio Bruno Nogueira, à qual não esperava.

Uma fan de um trabalho a pedir mais do seu trabalho, porque gosta. E a resposta é resumidamente “não vou porque não me identifico com o programa, os meus colegas de trabalho não estão ao meu nível”. Ora, leia-se também que a ele mesmo lhe foi dada a oportunidade de crescer. Chamar à sua primeira actuação de “simpática”, que no meu ponto de vista, tem o mesmo significado de “razoável”, assim como são as prestações que ele agora critica.

Eu como comediante do Levanta-te e Ri e como humildemente me meto no mesmo saco (mesmo tendo aparecido nos melhores momentos do LER) vou continuar a tentar fazer rir. É isso que me dá prazer, é isso que eu gosto de fazer. Neste pequeno mundo do Stand-Up são críticas atrás de críticas, invejas, trafulhices, pontapés na boca, vaidades, cunhas, arrogâncias, etc. Algo que devia ser tão positivo como transmitir alegria para outras pessoas, passa a ser algo tão feio, tão mau ambiente de trabalho e de tanta mesquinhes. Quem precisa de mulheres no Stand-Up, se os gajos são piores c’as gajas?

Por um outro lado, um actor poderá fazer outro tipo de programas. No qual foi o caso do “manobras de diversão”, onde ele teve a prova que o público realmente o quer ver é a fazer Stand-Up. Quer transferir a sua fama para trabalhar a arte de ser actor, mas não consegue atingir o mesmo sucesso. No entanto, as pessoas que ele critica no Levanta-te e Ri, ajudaram a dar continuidade ao programa, enquanto as manobras de diversão nem passou da primeira série. Afinal de contas, quem tem falta de qualidade?

O que um gajo pode dizer a tamanha acusação? Tenho pena que não seja ainda tão grande como tu… olha, desculpa lá qualquer coisinha. Acho muito bem que o LER continue, que qualquer dia exista um ou mais excelentes comediantes como tu um dia foste na minha opinião. E só posso esperar que esse alguém te faça cair no esquecimento, que preencha o teu lugar que deixaste em aberto e que dê ao público aquilo que tu não queres dar por opção tua. Que um dia tenhas saudade de alguém te pedir para ver material teu, pois nessa altura, é o público que se ‘teja a cagar pra ti.

Quanto a mim, perdeste muito na minha consideração, pois gosto de artistas que trabalhem por amor à arte, não para conseguir dinheiro ou fama. E os pequenos tornam-se grandes, quando ignoram essa tua opinião de EX-Stand-Up comediant e esforçam-se com dedicação. É a esses que lhes digo: Continuem!

A verdadeira arte está na rua.