segunda-feira, setembro 25, 2006
Fui a uma psicóloga, salvo veja. Depois de me deitar sobre o divã, ela sacou do seu bloco e começou a escrever.
- Como se sente?
- Estúpido.
- Estúpido porquê?
- Normalmente são as pessoas que me pagam para ouvir falar.
- Vamos falar sobre isso, quero saber mais.
- Sobre o meu espectáculo?
- Não, sobre você ser estúpido.
- Doutora, imagine que iria haver um concurso de gente estúpida, e que Lisboa teria que escolher um estúpido oficial. Não, que Portugal tinha que escolher um estúpido oficial. Que o mundo, que o sistema solar, que a via láctea, teria que escolher o mais estúpido de todos. Eu ficaria em segundo lugar.
- E porquê?
- Porque seria tão estúpido que nem conseguiria ficar em primeiro.
- E desde quando se começou a sentir assim?
- Desde sempre. Acho que a coisa mais inteligente que fiz até hoje, foi conseguir vender a minha estupidez.
- Hmmm, hmmm.
- Então doutora, acho que tenha solução?
- Sobre o seu caso não sei, mas uni os pontos e descobri o que assustou o coelhinho.
Ao qual eu lhe perguntei: - “Já pensaste ir ao Levanta-te e Ri”?